sábado, 17 de novembro de 2007
Crítica: PIPO PIPA
Como falar do deleite? Transpor em palavras um momento de prazer? A animação Pipo Pipa nos impõe um desafio diante das palavras e nos aquieta no silêncio das ações pausadas e tranqüilas, empregadas pelo ritmo e enredo deste personagem em busca do prazer em um momento de lazer com sua pipa de brinquedo.
A trajetória de Pipo descreve um fluxo de acontecimentos que tocam o imaginário e parece apelar para a criança existente em cada espectador, angariando simpatia, risos e exclamações da platéia.
Através de recursos visuais elementares de constituição bastante simples, cores que se complementam em harmoniosos tons frios e pastéis, o espectador é levado a uma atmosfera descompromissada e atenta para, em seguida, surpreendê-lo com o inverossímil e daí a sensação de deleite, o encantamento indescritível da trama, que conduzem o espectador até o final.
Kelly Tavares
(texto produzido na oficina “O curta-metragem brasileiro: história e crítica”)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário