terça-feira, 20 de novembro de 2007

Crítica: IGRREV – IGREJA REVOLUCIONÁRIA DOS CORAÇÕES AMARGURADOS


Que fique bem claro: qualquer semelhança não é mera coincidência. Talvez por isso que o curta Igreja Revolucionária dos Corações Amargurados, de Carlos Magno, não tenha sido o filme mais aplaudido da noite do último dia de competição do 14º VCV. Algumas verdades costumam chocar. Incomodam. Falando de religião então, muitos não querem nem mesmo discutir. Só que o diretor, com a mesma tática religiosa, consegue produzir muita reflexão com aquelas colocadas no filme.

Lavagem cerebral, transe hipnótico. Tudo para explorar, tirar proveito da fé das pessoas. É ácida a crítica aos cultos evangélicos feito pelo curta numa combinação estética primorosa. A cadência com que a montagem foi elaborada produz um efeito de golpe mental como num pesadelo de olhos abertos.

De ficção mesmo o filme tem pouco, ou nada. Talvez a atuação dos atores-pastores (seriam uma coisa só para o diretor?), pois as pessoas que acompanhavam o culto, lotando a Igreja do “Pastor” Carlos Magno, se envolviam com uma crença de verdadeiros “fiéis”. Os ritos de nudez, sangue e bodes utilizados nem parecia incomodar inclusive. A interação era total.

Assistir ao culto, digo, ao curta preparado para ver uma realidade recorrente, pode render palmas dignas de muitos documentários exibidos no festival, só que algumas verdades costumam enfraquecer as amizades. Sorte que o diretor provavelmente se preparou para isso.

Alex Rosa de Andrade

Um comentário:

Unknown disse...

Esse filme é muito ruim, só traz estereótipos de quem só viu cultos pela televisão e mesmo assim que igrejas não muito confiáveis. Houve sérios erros de pesquisa nesse filme e desrespeito a todos os evangélicos. Além desse filme não ser arte, mas pura doutrinação esquerdista. Só mesmo quem tem as mãos sujas de sangue inocente pode aplaudir um filme como esse. Ao invés de usar dinheiro público para ofender as pessoas, deveria haver respeito pelas pessoas.

Além disso, é passível de causar um processo judicial. porque chutar uma santa é crime enquanto isso que foi feito não é? Se eu fizesse um filme queimando uma bandeira com um arco-íris garanto que no dia seguinte haveriam centenas de processos nas minahs costas por preconceito homofóbico. Porque o mesmo não poderia ocorrer com esse filme, ainda mais se tratando a um desrespeito à liberdade de consciência das pessoas?